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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dor de garganta??? Será que tenho que ir no médico?

Bom Dia Garotas!!!!
Qualquer motivo é um bom motivo pra procurar um médico...

AMIGDALITE
FARINGITE
ou uma simples DOR DE GARGANTA...
Por isso sempre procure um médico, você não vai identificar o problema, mas o médico sim...

Faringite é o termo dado a inflamação da faringe, enquanto que, amigdalite é a inflamação das amígdalas. Ambas se manifestam como dor de garganta e como normalmente ocorrem simultaneamente, denominamos esse quadro como faringoamigdalite.


Apesar de inflamarem juntas, algumas pessoas têm predominantemente amigdalite, enquanto outras, faringites.
A faringoamigdalite ou dor de garganta pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. A maioria dos casos é de origem viral, causada por vários tipos diferentes de vírus. A presença de dor de garganta é inclusive um dos critérios para se diferenciar gripe de resfriado.
As faringites virais são processos benignos que se resolvem espontaneamente, ao contrário das faringites ou amigdalites bacterianas que devem ser tratadas com antibióticos e podem levar a complicações como abscessos e febre reumática.
Como distinguir uma amigdalite viral de uma bacteriana:
O modo mais correto é através da coleta de material da garganta por swab ou zaragatoa, uma vareta com algodão na ponta, onde se colhe material da área inflamada para avaliação laboratorial.
O problema do swab é que a identificação do agente infeccioso demora pelo menos 48h.
O quadro clínico típico das faringoamigdalites é:
_ Dor de garganta
_ Febre
_ Dores pelo corpo
_ Dor de cabeça
_ Prostração



Todos os sintomas acima são comuns às infecções virais e bacterianas. Porém, alguns outros podem indicar se o patógeno é de origem viral ou bacteriana.
Normalmente as faringites virais são acompanhadas de outros sinais de infecção respiratória alta, como tosse, espirros, constipação nasal, conjuntivite e rouquidão.
Já as amigdalites bacterianas, além de não causarem os sintomas descritos acima, costumam apresentar pontos de pus nas amígdalas e aumento dos linfonodos do pescoço (inguas).
A febre da infecção bacteriana costuma ser mais alta, mas isso não é uma regra.
A faringite bacteriana também pode causar edema da úvula e petéquias no palato (pontos hemorrágicos).
A presença de pus e linfonodos aumentados sugere fortemente a favor de uma faringite bacteriana, porém, pode ocorrer em algumas infecções virais, nomeadamente na mononucleose infecciosa.
A mononucleose infecciosa é causada pelo Epstein-Barr vírus e se apresenta com febre, amigdalite purulenta, aumento de lifonodos na região posterior do pescoço (ao contrário da amigdalite bacteriana que apresenta aumento dos linfonodos da região anterior do pescoço), aumento do baço, perda de peso, cansaço extremo e sinais de hepatite.
A prescrição de antibióticos como amoxacilina em doentes com mononucleose pode levar ao aparecimento de um rash cutâneo (manchas vermelhas espalhadas pelo corpo).
Se houver suspeita de faringite viral, o tratamento é repouso, hidratação e sintomáticos. Se o quadro sugerir faringite bacteriana, o médico prescreverá antibióticos visando não só acelerar o processo de cura, mas também, a prevenção das complicações e a transmissão para outras pessoas da família.
A transmissão só ocorre para pessoas com contato íntimo e prolongado. É mais comum entre crianças na creche ou na escola.
Entre as complicações das faringites bacterianas, a principal é a febre reumática. Causada pela bactéria Streptococcus, ocorre principalmente em jovens e crianças.
Outro tipo de faringite causada por bactérias é a escarlatina. Apresenta-se como rash difuso e também pode levar a febre reumática.
A glomerulonefrite pós estreptocócica é uma lesão renal também causada pela mesma bactéria Streptococcus, que costuma cursar com hipertensão e insuficiência renal aguda.

Tratamento da amigdalite / faringite
Para se evitar as complicações acima, o tratamento com antibiótico deve ser feito até o final do tempo prescrito, mesmo que haja desaparecimento dos sintomas já nos primeiros dias.
Naqueles doentes com intenso edema da faringe que não conseguem engolir comprimidos, ou naqueles que não desejam tomar remédio por vários dias, uma opção são soluções injetáveis, prescritas pelo médico.
Quem desejar alívio sintomático sem tomar muitos remédios, o ideal é realizar vários gargarejos diários com água morna e uma pitada de sal.
A retirada das amígdalas (amigdalectomia) é uma opção nas crianças que apresentam mais de 6 episódios de faringite estreptocócica por ano. Como a incidência das complicações é muito menor em adultos, neste grupo a indicação de amigdalectomia é mais controversa. Existe ainda a possibilidade de não haver melhora, pois as amigdalites passam a ser faringites, o que no final, dá no mesmo.
Em pacientes com infecções de garganta de repetição, podem-se formar criptas (pequenos buracos) nas amígdalas. Estas acumulam cáseo (ou caseum), uma substância amarelada, parecida com pus, que é na verdade restos celulares de processos inflamatórios antigos.
O cáseo é a causa do mau hálito em pessoas com amigdalite/faringite crônica.

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